A expansão, num projeto assinado pelo arquiteto António Leitão Barbosa, arranca ainda em 2017, mas “será a procura a ditar o ritmo de construção”, garante Pedro Pinto, administrador do centro empresarial, ao Jornal Económico.
Ou seja, numa lógica de “fato à medida”, as obras avançarão consoante os negócios fechados.
Revelador de uma filosofia “sexy e irreverente, com um espírito artístico e cultural”, o futuro centro empresarial procura clientes de qualquer setor de atividade, “que partilhem desta forma de estar e trabalhar”, sublinha o responsável. É neste contexto que se integra uma das grandes apostas, o desporto e lazer, disponibilizando oito campos de padel, um campo de ténis e dois campos de futebol. Destaque ainda para um corredor verde, projeto municipal, que fará a ligação entre a Lionesa e a zona costeira em Leça da Palmeira, fazendo assim a conexão dos Caminhos de Santiago.
Sobre a construção dos novos edifícios nos próximos anos, o sentido da progressão será a partir da Lionesa originária e no espaço contíguo à mesma. Estes serão da autoria de diferentes arquitetos, aportando assim uma nova identidade para o centro empresarial, sempre em harmonia com a envolvente. No que respeita à funcionalidade, nos novos edifícios estão incluídos um hotel, residências empresariais/universitárias e uma área dedicada ao empreendedorismo, bem como novas áreas de restauração, serviços e comércio.
Segundo Pedro Pinto, a aposta num hotel reflete a necessidade que muitas empresas já manifestam atualmente de poder ter alojamento de qualidade, com serviços adequados às suas especificidades e de acesso fácil à Lionesa. Esta será a resposta a todo este cenário, com muitos pormenores facilitadores, nomeadamente o serviço de transfer. “E tudo num ambiente privilegiado, de grande importância histórica”, reforça o responsável, referindo-se à zona junto ao Mosteiro de Leça do Balio, escolhida para instalar o hotel que está por concessionar.
Na reta final do projeto será construído um parqueamento – silo-auto – que restringirá quase totalmente a circulação automóvel, fomentando, assim, o circuito pedonal.
Está previsto ainda um novo sistema emblemático – um vai-e-vem suspenso por carril – como método de transporte individual, que fará as ligações entre as duas extremidades, reduzindo a distância para todos os trabalhadores.
O projeto de expansão da Lionesa inclui ainda a construção de uma torre, um edifício icónico de 25 pisos, que pretende romper com a horizontalidade que caracteriza o território envolvente e que, sendo o mais alto de Portugal se tornou “altamente atrativo e sexy”, garante Pedro Pinto, avaliando o impacto que este projeto já tem junto de potenciais clientes, que mostraram especial interesse por esta particularidade.
O centro empresarial da Lionesa nasceu em 2002 para dar vida a um espaço que foi outrora uma propriedade de indústria têxtil. Atualmente, tem uma taxa de ocupação de 98% e acolhe um movimento diário de quatro mil pessoas das mais de 110 empresas aqui sediadas, entre as quais a Farfetch, RH Mais (Contact Center da Vodafone), Hilti, Connor Internacional, 7 Graus, Kicks, Li & Fung, entre outras.
Artigo publicado na edição digital do Jornal Económico. Assine aqui para ter acesso aos nossos conteúdos em primeira mão.