O Banco de Portugal vai voltar a fiscalizar a carteira de crédito do antigo Banco Português de Negócios (BPN) que o Estado transferiu em 2012 para a Parvalorem, uma entidade pública criada para gerir activos tóxicos e que não está autorizada a executar operações bancárias, noticia o jornal “Público”.
Esta decisão foi tomada depois de ter sido detetado um crédito concedido pelo BPN à Cofina – que detém os jornais “Correio da Manhã” e “Record” e o canal de televisão “CMTV” –, que transitou para a Parvalorem e que já foi pago.
Na edição desta segunda-feira, 28 de maio, o diário informa que confrontou o Banco de Portugal com a existência deste crédito, “que escapou ao radar do supervisor”. A falha foi justificada “com o facto de [o Banco de Portugal] apenas avaliar a carteira da Parvalorem por amostragem”, refere o jornal.
Esta situação vai levar o Banco de Portugal a reavaliar 739 milhões de euros de créditos que se encontram na Parvalorem.