Os financiamentos concedidos pela CGD e BCP impedem a Vista Alegre Atlantis de pagar dividendos até 2026.
“Nos termos de contratos de empréstimo celebrados com a Caixa Geral de Depósitos, e o Banco Comercial Português, a VAA está impossibilitada de distribuir dividendos, reembolsar suprimentos ou de prestar outras formas de remuneração aos seus accionistas enquanto os mesmos vigorarem, ou seja, até ao final de 2026”, lê-se no prospecto de admissão à cotação das novas ações da Vista Alegre Atlantis, representativas de 24,13%.
Lê-se também que a Vista Alegre “não tem definida uma política dividendos”, e que, “devido a prejuízos sistemáticos, aos investimentos que têm sido feitos no âmbito da reestruturação e à proibição instituída a este respeito pelos contratos de empréstimo existentes, não têm sido distribuídos, nos últimos anos, dividendos aos acionistas”.
Adianta ainda a empresa que, “nos temos de contratos de empréstimo celebrados” com a CGD e BCP, a Vista Alegre “está impossibilitada de distribuir dividendos, reembolsar suprimentos ou de prestar outras formas de remuneração aos seus acionistas enquanto os mesmos vigorarem, ou seja, até ao final de 2026”.
Segundo o documento, a Vista Alegre Atlantis tem empréstimos por reembolsar no valor de 45,4 milhões de euros, a maior parte ao Novo Banco e à CGD que é acionista da empresa com 3,4%.
A acionista maioritária da Vista Alegre é a Visabeira Indústria, que, por sua vez, é detida a 93% pelo grupo Visabeira, em cujo capital a acionista maioritária, a NCFGEST SGPS, de Fernando Campos Nunes, tem 94,14%.
A Vista Alegre adianta que a admissão das ações ordinárias, que estão nas mãos da Visabeira, ocorre em 24 de julho.
Estas ações já existiam, estavam nas mãos do Grupo Visabeira, mas agora passam para o mercado regulamentado, podendo ser transacionadas.