A ENSE – Entidade Nacional para o Setor Energético garante que irá proceder a uma monitorização aprofundada da forma de evolução do preço de venda ao público dos combustíveis a partir do próximo dia 12 de agosto, data para que está agendada a greve de motoristas de sindicatos de matérias perigosas filiados em três sindicatos.
“Tendo em conta o pré-aviso de greve, que prevê a paralisação dos motoristas de matérias perigosas a partir de dia 12 de agosto p.f., a Entidade Nacional para o
Setor Energético (ENSE), no âmbito das suas funções de fiscalização e supervisão do setor petrolífero nacional, nas próximas semanas efetuará a monitorização de forma aprofundada da evolução dos preços médios de venda ao público dos combustíveis rodoviários registados junto do balcão único”, garante um comunicado da entidade reguladora divulgado há minutos.
Segundo esse comunicado, assinado pelo presidente da ENSE, Filipe Meirinho, “apesar de estarmos num setor que se caracteriza por ser um mercado livre e onde a fixação de preços é da responsabilidade de cada operador, o certo é que, decretada a crise energética, tal implica a implementação de condições excecionais para abastecimento dos postos de combustível em território nacional”.
“Esta realidade não pode fundamentar, por si só, o aumento dos preços dos combustíveis, sendo exigível, por parte da ENSE o especial acompanhamento sobre a evolução deste importante indicador para os consumidores”, avisa a entidade reguladora.
O regulador adianta ainda que, além de continuar a ser disponibilizada diariamente no seu ‘site’ a evolução do preço médio diário comparando com o preço de referência da ENSE, “esta entidade publica procederá, adicionalmente, à monitorização dos preços médios por distrito e uma avaliação diária dos preços praticados pelos postos de Portugal continental, e, ainda, à identificação (no site oficial) dos postos de abastecimento que procedem ao aumento dos preços, sem qualquer justificação que não sejam as condições de mercado”.