O défice orçamental português foi de 2.616 milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que representa uma diminuição de 406 milhões de euros, face ao período homólogo, segundo anunciou esta quinta-feira o Ministério das Finanças. Aumentos das as receitas, especialmente dos impostos, mais expressivos que os das despesas, beneficiaram as contas públicas nos primeiros seis meses do ano.
O excedente primário ascendeu a 2.565 milhões de euros, registando um aumento de 494 milhões de euros. Segundo o ministério das Finanças, “a melhoria do saldo global é explicada por um crescimento da receita (2,5%) superior ao aumento da despesa (1,3%)”.
Até junho, a receita fiscal do subsetor Estado cresceu 2,5%, beneficiando do aumento da receita líquida do IVA de 4,4%. Além do IVA, a receita fiscal e contributiva beneficiou do crescimento de 6,8% das contribuições para a Segurança Social, em linha com o crescimento do mercado de trabalho.
Em sentido contrário, o crescimento das despesas foi menos expressivo. A despesa das administrações públicas aumentou 1,3%, “explicada em grande parte pelo aumento da despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e das prestações sociais, em particular com a prestação social para a inclusão”, refere o ministério das Finanças.
“A execução do primeiro semestre beneficia do efeito do diferente perfil no pagamento do subsídio de natal – com impacto em despesas com pessoal e pensões – bem como do facto do impacto do descongelamento ainda não se encontrar refletido de forma integral nas despesas com pessoal, em especial devido ao faseamento que ocorre ao longo do ano”, acrescentou.
[Notícia atualizada às 16h15]