A Assembleia-Geral de Acionistas do Grupo Europac (Papeles y Cartones de Europa, S.A.), realizada esta manhã em Madrid com um quórum superior a 86%, aprovou todas as propostas de acordo apresentadas pelo Conselho de Administração. Entre elas, os acionistas aprovaram a distribuição com data a 17 de julho de um dividendo complementar de 0,223 euros por ação, a que se soma ao dividendo por conta do exercício de 2016 distribuído no passado 23 de fevereiro de 0,095 euros por título.
O Grupo vai repartir um total de 0,318 euros por ação, o que supõe uma rentabilidade por dividendo de 4,3% em relação ao preço de fecho da ação no dia de ontem, terça-feira, 27 de junho. No total, o dividendo referente a 2016 equivale a 28,9 milhões de euros, uma subida de 78,4% face ao ano anterior. Excecionalmente, nesta ocasião o pay-out atinge os 60% face aos 50% dos últimos três exercícios.
Sobre esta questão, José Miguel Isidro, presidente do Grupo Europac, em comunicado, sublinha que “a política de retribuição da empresa é o reflexo do nosso compromisso de criação de valor para o acionista. Dada a boa situação financeira da empresa, além da repartição do dividendo e do aumento de capital, este ano considerámos oportuno amortizar ações detidas pela empresa como forma de retribuição complementar, aumentando o valor das participações dos acionistas”.
A Assembleia-Geral aprovou ainda um aumento do capital liberado através de reservas de livre disposição, mediante a emissão de até 3.894.735 ações com a atribuição gratuita de uma ação nova por cada 25 antigas. Também foi aprovada a amortização de 1.947.368 de ações próprias que representam 2% do capital social da sociedade.
Contas 2016 aprovadas
A Assembleia-Geral também aprovou o balanço e contas anuais correspondentes ao ano de 2016. Neste período, com vendas agregadas similares às do exercício anterior, registou-se um aumento do resultado líquido de 51% para os 48,9 milhões de euros. O EBITDA consolidado foi de 126,6 milhões de euros, uma subida de 14% superior aos 111,1 milhões de euros do exercício anterior, enquanto o EBITDA recorrente foi de 122,8 milhões de euros, um crescimento de 5% face há um ano.
Por último, o custo financeiro em 2016 foi reduzido em 37% como consequência da gestão da estrutura financeira e a otimização de custos, após o primeiro ano completo do aumento das condições de financiamento do novo empréstimo sindicado assinado em julho de 2015 e da diminuição do volume de dívida.