A percentagem dos europeus que afirmam que a UE e o seu país estão a caminhar na direção errada no que diz respeito ao crescimento económico caiu de 54% para 50% e de 58% para 51% respetivamente, quando comparado com o ano passado.
Segundo o Eurobarómetro, os portugueses também se mostram bastante mais otimistas que no ano anterior: 33% dos inquiridos pensam que a UE está a ir na direção certa (um aumento 10 pontos percentuais) em relação ao ano anterior e 48% pensam que o seu país está a ir na direção correta (mais 17 pontos percentuais que no ano passado).
Quanto tempo vai durar a crise?
Cerca de 22% dos europeus inquiridos e 25% dos portugueses afirmam que o seu país já regressou ao crescimento económico. Porém, 30% dos inquiridos pensam que a crise veio para ficar mais alguns anos (32% no anterior Eurobarómetro).
O desemprego continua a ser uma fonte de preocupação: 78% dos inquiridos querem que a UE faça mais no combate ao desemprego. Na Grécia, onde a taxa de desemprego atinge 23%, as pessoas são mais pessimistas: 71% dos inquiridos contam com uma crise prolongada. Nos Países Baixos, Dinamarca e Malta, onde a taxa de desemprego ronda os 5%, as pessoas mostram-se mais otimistas.
O Parlamento Europeu deu luz verde ao mecanismo de supervisão bancária (para evitar que a recente crise financeira se volte a repetir), apoiando a proposta para proteger os depósitos abaixo dos 100 mil euros e adotou legislação que incentiva os Estados-Membros a adotarem políticas orçamentais responsáveis. A Europa prevê ainda alocar 315 milhões de euros ao Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos para ajudar a impulsionar o crescimento económico e a criação de postos de trabalho.
Também a luta contra a desigualdade social é considerada muito importante por 84% dos europeus e 87% dos portugueses. No entanto, 64% dos inquiridos acreditam que dentro de cinco anos as desigualdades vão tornar-se ainda mais acentuadas.
Segundo o comunicado do Parlamento Europeu, uma das formas de combater a desigualdade é através de uma tributação justa dos lucros e da riqueza. É por isso que a luta contra a elisão e a evasão fiscais e a favor de uma tributação mais eficiente das multinacionais fazem parte das prioridades do Parlamento Europeu.