Lisboa pode vir a receber a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) se esta vier a ser deslocada de Londres, na sequência do processo de saída do Reino Unido da União Europeia. Apontada como uma das favoritas na corrida à EMA, a capital lisboeta tenta aliciar a vinda da agência com um regime fiscal especial, em que o IRS não deverá ultrapassar os 20%.
Segundo avança o ‘Jornal de Notícias’, o Governo está a dar prioridade às questões relacionadas com a integração da família. No caso de Lisboa ser escolhida para receber a EMA, será criado um balcão único para ajudar os cerca de 900 funcionários, acompanhados de 600 cônjuges e 600 filhos, a alugar casa, encontrar emprego para os cônjuges e escola para os filhos. Além disso, as famílias beneficiarão de um IRS mais reduzido.
“Já está acordado com o Ministério das Finanças que o escalão máximo será de 20%. E sabemos que é um dos mais amigáveis”, referiu Maria do Céu Machado, presidente do Infarmed.
A deslocação da EMA vai implicar também a escolha de um local para receber as novas instalações da EMA. Maria do Céu Machado avança que há pelo menos dois edifícios identificados, um deles no centro da cidade, e dois terrenos na zona da Expo, “mas onde os edifícios teriam de ser construídos de forma muito célere”.
“Sentimos que é uma candidatura com hipóteses, mas sabemos que a decisão é muito política”, sublinha Maria do Céu Machado.
A candidatura terá de ser entregue até 31 de julho, sendo que a escolha final entre as cerca de vinte cidades na corrida será conhecida em outubro, depois da decisão do Conselho Europeu.