A possibilidade de fazer reforços num depósito a prazo dá mais liberdade aos clientes para gerir o seu investimento. No entanto, dos 121 depósitos a prazo disponíveis em Portugal, apenas 29 têm esta opção, de acordo com uma análise da fintech ComparaJá.pt, que lançou recentemente um comparador de depósitos, para o Jornal Económico.
“A possibilidade de se efetuar reforços acaba por ser uma característica que muito valoriza um depósito a prazo, uma vez que permite que o cliente vá aumentando progressivamente o montante investido inicialmente à medida da sua capacidade financeira”, explicou Sérgio Pereira, diretor geral do ComparaJá.pt.
No mercado nacional, dos 29 produtos que permitem realizar reforços, as soluções que obrigam o consumidor a fazer um reforço mensal mais baixo são o DP NB smart app Objetivos (cujo montante mínimo é de cinco euros), o Poupança programada (10 euros) e o Poupança Programada Junior (10 euros). Todos eles oferecidos pelo Novo Banco.
Em sentido contrário, os produtos que obrigam a reforços mais elevado são o EuroBic Sénior (cuja quantia mínima de reforço tem de ser de 500 euros) e os depósitos DP Normal, Super Crescente, Super Crescente Mais e Rendimento Mensal. Todos estes pertencem ao Crédito Agrícola e obrigam a fazer um reforço de, no mínimo, 250 euros.
“Cabe ainda salientar que existe um depósito a prazo que combina o montante máximo mais elevado que é possível efetuar em termos de reforços com o prazo mais alargado: é o caso do Super Crescente Mais do Crédito Agrícola, cuja quantia máxima de reforços é de 200 mil euros, sendo possível manter a subscrição deste produto até três anos”, refere a análise da fintech.
No que diz respeito à remuneração dos depósitos, o estudo do ComparaJá.pt indica que a Taxa Anual Nominal Bruta (TANB) mais elevada é oferica pelo EuroBic Sénior do EuroBic (0,55%). Segue-se o Nano-Micro DP (0,50%), bem como o EuroBic e o Poupança Objetivo – 12 meses do ActivoBank (ambos com 0,35%). No entanto, o prazo de todas estas soluções não ultrapassa um ano.