Onze soldados morreram e outros sete ficaram feridos nas Filipinas na sequência de um ataque aéreo das forças do regime contra alvos do autoproclamado Estado Islâmico esta quarta-feira em Marawi no sul do país. O incidente terá acontecido enquanto as forças militares filipinas combatiam cerca de 500 extremistas islâmicos que planeavam ocupar a cidade muçulmana minada pelos conflitos entre bandos criminosos e grupos rebeldes separatistas.
“Elementos das forças armadas filipinas foram atingidos por negligência num bombardeamento aéreo”, confirmou o ministro da Defesa filipinio, Delfin Lorenzana. O ministro explica que a cidade tem sido atacada pelos militantes do grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico que procuram expandir a sua influência ao Estado insular, numa altura em que se encontram a perder terreno na Síria e no Iraque, procurando criar um reduto naquela que é uma das poucas cidades maioritariamente muçulmana, num país de larga maioria católica.
Delfin Lorenzana lamenta ainda que ataque aéreo tenha atingido as próprias tropas do país. “Deve haver um erro em algum lugar, seja alguém a orientar em terra ou o piloto do avião. É triste, mas às vezes acontece no nevoeiro da guerra. A coordenação não foi feita corretamente”, admite.
O presidente Rodrigo Duterte já decretou a lei marcial na província de Mindanao, defendendo uma resposta militar rápida e forte para o conflito. “Quem desafiar as autoridades será morto. E se isso significar muitas mortes, assim seja”, afirmou.
Desde a chegada do grupo terrorista ao país, 89 militares terão morrido em confrontos armados, incluindo soldados estrangeiros enviados pela Indonésia, Malásia, Arábia Saudita, Iémen e Chechénia.