Cinco anos depois de a então ministra do Ambiente, Assunção Cristas, ter anunciado o fim, a prazo, daquela empresa pública, a Parque Expo vê oficialmente a sua extinção amanhã.
Por deliberação dos acionistas, o prazo de liquidação da Parque Expo foi fixado em 31 de dezembro de 2016”, lê-se numa nota enviada à Lusa por fonte do Ministério do Ambiente.
Segundo informação avançada pela agência de notícias, a empresa foi criada em 1993 para construir, explorar e desmantelar a Expo‘98, tendo depois alargado as suas competências à escala nacional e internacional.
Era também a responsável pela gestão urbana da agora freguesia do Parque das Nações e geria os projetos do Programa Polis em diversas cidades. Participou em 27 projetos de reabilitação de centros históricos, como, por exemplo, em Mafra, Vila Nova de Gaia, Viseu, Évora, Marvão e na Baixa Pombalina, em Lisboa, e na recuperação ou construção de equipamentos públicos, como a Casa das Artes, no Porto, ou a Fortaleza de Sagres.
Geriu igualmente a participação portuguesa em exposições internacionais após a Expo’98, como na exposição de Saragoça ou na de Xangai, e participado em projetos internacionais em Angola, Argélia, Brasil, Cabo Verde, Egito, Espanha, Marrocos, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Tunísia.
Em dezembro de 2010, o endividamento da Parque Expo atingia os 224,9 milhões de euros.
Para minimizar os prejuízos, vendeu o Pavilhão Atlântico ao grupo Arena Atlântida, que o batizou de Meo Arena, e o Oceanário concessionado à Sociedade Francisco Manuel dos Santos (SFMS) por 30 anos.
A Parque Expo entregou também o Pavilhão de Portugal ao Estado, que posteriormente o entregou a título definitivo à Universidade de Lisboa.
No âmbito desta extinção, foram eliminados 161 empregos, através da rescisão de contratos por mútuo acordo ou do recurso ao despedimento coletivo.