Para o coordenador regional do BE, Paulino Ascensão, a operação do ferry “não é viável” e que o processo conduzido pelo Governo Regional visou proteger os interesses do ‘dono da Madeira’ e não os das populações.
As condições restritivas no transporte de carga, e as elevadas taxas portuárias, foram factores que no entender de Paulino Ascensão “desincentivaram qualquer potencial interessado a apresentar proposta” para o ferry e com isso “protegeu o operador que domina o transporte de carga contentorizada entre a Madeira e o Continente”.
“A carga é fundamental para a viabilidade do ferry pois não é afetada pela sazonalidade. Depois de conhecido o vencedor desejado do concurso, as taxas portuárias foram reduzidas pelo Governo Regional”, afirma o bloquista.
Para Paulino Ascensão os “preços proibitivos no transporte de carga”, o “anúncio tardio da operação e do início de venda de bilhetes, a “impossibilidade absurda de compra de um bilhete entre Portimão e as Canárias”, e “a obrigação dos passageiros em trânsito desembarcarem no Funchal e fazerem novo ‘check-in’ para prosseguirem viagem”, e a “falta de campanhas de promoção / informação junto do publico e dos agentes de viagens”, são razões que demonstram a “falta de interesse” tanto do operador como do Governo Regional nesta operação ferry.