“Por iniciativa do SINSEF (Sindicato dos Funcionários do SEF) os funcionários do SEF fazem amanhã (sexta-feira, 23 de Junho 0h00 a 24h00), uma Jornada de Luta e Protesto.” Assim começa o comunicado em que a direção do sindicato que representa os trabalhadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anuncia uma greve que os próprios apelidam como “o corolário” de uma greve rotativa que dura há seis meses.
Assim, e porque amanhã, dia 23 de junho, se assinala o Dia do SEF, o sindicato pretende sinalizar esta efeméride com “uma grande paralisação”. O objetivo, diz a direção do SINSEF, não é lutar por aumentos salariais, mas sim pela “dignificação do Serviço que se deprime e se esvai numa morte lenta”.
O SINSEF diz que este serviço é, atualmente “um exemplo de um Serviço público que carece de uma transformação profunda e de uma modernização, de forma a dignificar todos os que ali trabalham, e deixar de ser olhado apenas como um serviço de cariz Policial”.
Os problemas, segundo o SINSEF são a “ineficácia desesperante” e “clamorosa” dos serviços do SEF, bem como o “recurso a colaboradores externos precários e não qualificados” para “remendar” as falhas nos serviços. Estes problemas, diz o sindicato, são os culpados por manifestações espontâneas dos próprios imigrantes, pela queda “vertiginosa” dos vistos Gold, e “em casos extremos”, a colocação em causa de “aspetos da segurança nacional”.
Além de elencar os problemas, a direção do SINSEF também aponta soluções, como uma “reforma simples e racionalmente evidente dos serviços, com custos mínimos e aumentando a sua eficácia e o seu lucro”.
Por isso, porque a “solução apresentada da criação de uma ‘via verde’ para os vistos Gold aumenta a discriminação e não resolve o problema de fundo”, e porque o país “merece e exige um Serviço de Estrangeiros e Fronteiras eficaz e bem mais que uma polícia de imigração”, os trabalhadores cumprirão esta jornada de luta, termina o comunicado.