Pavlo Rozenko, vice primeiro-ministro ucraniano, informou que o sistema informático do Governo encontra-se em baixo, partilhando, no seu Twitter, uma imagem de um ecrã de um computador apresentando uma mensagem de erro.
Та-дам! Секретаріат КМУ по ходу теж "обвалили". Мережа лежить. pic.twitter.com/B74jMsT0qs
— Rozenko Pavlo (@RozenkoPavlo) June 27, 2017
De acordo com outra informação, divulgada pelo Banco Central ucraniano, um “vírus desconhecido” infetou ainda diversos sistemas no país, incluíndo os bancos.
“Os bancos estão a ter dificuldades com os serviços aos clientes e com as operações bancárias”, referiu, em comunicado, a instituição, salientando que “o Banco Central está confiante que as infraestruturas de defesa contra ataques informáticos estão ativos e os ciberataques vão ser neutralizados”, cita a RTP.
Outras instituições alvo do ataque informático são o principal aeroporto de Kiev, cujo diretor já admitiu a possiblidade de existirem atrasos nos voos, o metro de Kiev, que já informou na sua página de Facebook não conseguir proceder a pagamentos por multibanco pelo mesmo motivo e, ainda, a elétrica nacional.
Conforme alegou a empresa ucraniana, Novaïa Potcha, que se encontra “temporariamente na incapacidade de fornecer serviços aos seus clientes”, o vírus utilizado para o ataque terá sido Petya.A, um “ransomware”, relata a Reuters.
Para o conselheiro do ministro ucraniano do Interior, o “vírus desconhecido” trata-se de uma versão do vírus Wanna Cry, que em maio atingiu mais de 200 mil computadores e mais de 150 países. O conselheiro acredita, ainda, que os ataques tiveram origem na Rússia, segundo a agência de notícias britânica.
A Petrolífera russa Rosneft afirmou também ter sofrido um ataque que infetou os servidores da empresa. Conforme cita a Reuters, a empresa de segurança Group-IB, sediada em Moscovo, esclareceu o que o ataque informático parecer ser coordenado e visar especialmente computadores nestes dois países.
Contudo, existem relatos de que outras empresas europeias, sem ligação a estes dois países, estão também a sofrer ciberataques.
Uma das empresas a reforçar essa informação foi a Maersk, empresa que opera nos setores do transporte e energia, sediada em Copenhaga, afirmando ter sido alvo de um ataque de informática. “Podemos confirmar que as falhas são causadas por um “ciberataque”, referiu a porta-voz da empresa, citada pela agência noticiosa.
UPDATE 15:00 CEST pic.twitter.com/L5pBYvNQd3
— Maersk (@Maersk) June 27, 2017
Também a britânica WPP, a maior agência de publicidade a nível mundial, confirmou à Reuters ser mais uma vítima deste ataque informático, sem entrar em pormenores.
[notícia atualizada às 15h35]